
Vinícius Alves tem 38
anos, alguns livros e colaborações em jornal de Florianópolis, Santa Catarina. É
editor da Bernúncia Editora desde 1992, que publica toda espécie de livros (menos
auto-ajuda), como poemas, crônicas, contos, romances, da área médica e jurídica. Este
"contículo", como diz o autor, foi feito tentando imitar o jeito de escrever de
um escritor de sua preferência. Diz Vinícius: "Como vês, penso que assim
escreve o James Joyce." |
vinnícius refém
ou: tema para cricríticos ah! cadê micos?
(finnícius alfes alface a la James
Joyce)
Vinícius Alves
primeiro esta extra vagância devagar de vagar de seus dois enes nonome como nômade de
nomesmos como um mú de vaca ou besta branca ou cabrabranca berrando mé;
dupla personulidade dada a dadá e gugu como um infante defunto cabreiro, um presunto
pensante ante e entre assunto e assinte assim assim...;
um nenê, um bebêbado bardo do bar do bebe água quieto. o fato do olfato pouco para
nariz tão grandemente aquilino (aquilo li no lido ou no lidô);
esse exagero sem uso, esse muco de meleca formador de meca que sempre entope as fossas
nasais ou as nossas fasais;
este naringuludo fanho anasalado que tem uma dicção horrenda rindo da fala e da lida, da
falida linda fala e do falo falado e do fado e da foda, da falácia flor do lácio, do
laço do ócio, da liça da língua e da lingüiça, da linha e da linhaça, da cana e da
cachaça, do cacho e do capacho, do chumbo e da cachumba, do samba e da caçamba, do simba
e da cacimba;
este gagago vovô gagá em voga é um vagau da vogal e da consoante com som antes de som
ser som destrói e trai e trava e trova e estorva a língua pátria e a torna pútrida
puta, bem fez a pátria que o pariu em parto e em partes partindo-o em dois ou doze ou em
doses duplas com bastante gelo;
este falador escrito ou este escritor falado ou este escroto falido não fala fala com
fala, bala com bala, cala com cola cáca, dela com dele, gala com lago galo com gola
ou com gelo, jayro com jaula e poderia passar a noite toda brincando de brincar com o
elfobata abecedendo e desobedecendo as normas mornas da masmorra. morra-o! na marra! nem
menos nem mais! morra norra orra porra. m. n. o. p. mas nunca o poema!
E-Mail: viniedi@terra.com.br
Blog: http://viniciusalves.zip.net/
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