Erico Verissimo
Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos,
um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra
mais tarde, quase sempre penso Não era bem isto o que queria dizer.
(O escritor diante do espelho)

Erico Lopes Verissimo nasceu em Cruz Alta (RS) no dia 17 de dezembro de 1905,
filho de Sebastião Verissimo da Fonseca e Abegahy Lopes Verissimo.
Em 1909, com menos de 4 anos, vítima de meningite, agravada por uma broncopneumonia,
quase vem a falecer. Salva-se graças à interferência do Dr. Olinto de Oliveira,
renomado pediatra, que veio de Porto Alegre especialmente para cuidar de seu problema.
Inicia seus estudos em 1912, freqüentando, simultaneamente, o Colégio Elementar
Venâncio Aires, daquela cidade, e a Aula Mista Particular, da professora Margarida
Pardelhas. Nas horas vagas vai o cinema Biógrafo Ideal ou vê passar o tempo na Farmácia
Brasileira, de seu pai.
Aos 13 anos, lê autores nacionais Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de
Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos. Com tempo livre, tendo em vista o recesso
escolar devido à gripe espanhola, dedica-se, também, aos autores estrangeiros, lendo
Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.
Em 1920, vai estudar, em regime de internato, no Colégio Cruzeiro do Sul, de orientação
protestante, localizado no bairro de Teresópolis, em Porto Alegre. Tem bom desempenho nas
aulas de literatura, inglês, francês e no estudo da Bíblia.
Seus pais separam-se em dezembro de 1922. Vão sua mãe, o irmão e a filha adotiva
do casal, Maria, morar na casa da avó materna. Para ajudar no orçamento doméstico,
torna-se balconista no armazém do tio Americano Lopes. Os tempos difíceis não o separam
dos livros: lê Euclides da Cunha, faz traduções de trechos de escritores ingleses e
franceses e começa a escrever, escondido, seus primeiros textos. Vai trabalhar no Banco
Nacional do Comércio.
Continua devorando livros. Em 1923. Lê Monteiro Lobato, Oswald e Mário de Andrade.
Incentivado pelo tio materno João Raymundo, dedica-se à leitura das obras de Stuart
Mill, Nietzsche, Omar Khayyam, Ibsen, Verhaeren e Rabindranath Tagore.
No ano seguinte, a família da mãe muda-se para Porto Alegre, a fim de que seu irmão,
Ênio, faça o ginásio no Colégio Cruzeiro do Sul. Infelizmente a mudança não dá
certo. O autor, que havia conseguido um lugar na matriz do Banco do Comércio, tem
problemas de saúde e perde o emprego. Após tratar-se, emprega-se numa seguradora mas,
por problemas de relacionamento com seus superiores, passa por maus momentos. Morando num
pequeno quarto de uma casa de cômodos e diante de tantos insucessos, a família resolve
voltar a Cruz Alta.
Erico volta a trabalhar no Banco do Comércio, como chefe da Carteira de Descontos, em
1925. Toma gosto pela música lírica, que passa a ouvir na casa de seus tios Catarino e
Maria Augusta. Seus primos, Adriana e Rafael, filhos do casal, seriam os primeiros a ler
seus escritos.
Logo percebe que a vida de bancário não o satisfaz. Mesmo sem muita certeza de sucesso,
aceita a proposta de Lotário Muller, amigo de seu pai, de tornar-se sócio da Pharmacia
Central, naquela cidade, em 1926.
Em 1927, além dos afazeres de dono de botica, dá aulas particulares de literatura e
inglês. Lê Oscar Wilde e Bernard Shaw. Começa a sedimentar seus conhecimentos da
literatura mundial lendo, também, Anatole France, Katherine Mansfield, Margareth Kennedy,
Francis James, Norman Douglas e muitos outros mais. Começa a namorar sua vizinha, Mafalda
Halfen Volpe, de 15 anos.
O mensário Cruz Alta em Revista publica, em 1929, Chico: um conto de
Natal que, por insistência do jornalista Prado Júnior, Erico havia consentido. O
colega de boticário e escritor Manoelito de Ornellas envia ao editor da Revista do
Globo, em Porto Alegre, os contos Ladrão de gado e A tragédia
dum homem gordo, onde, aprovadas, foram publicadas.
Erico remete a De Souza Júnior, diretor do suplemento literário Correio do
Povo, o conto A lâmpada mágica. Esse, segundo testemunhas, o publica
sem ler, o que dá ao autor notoriedade no meio literário local.
Com a falência da farmácia, em 1930, o autor muda-se para Porto Alegre disposto a viver
de seus escritos. Passa a conviver com escritores já renomados, como Mario Quintana,
Augusto Meyer, Guilhermino César e outros. No final do ano é contratado para ocupar o
cargo de secretário de redação da Revista do Globo, cargo que ocupa no
início do ano seguinte.
Em 1931 casa-se, em Cruz Alta, com Mafalda Halfen Volpe. Lança sua primeira tradução,
O sineiro, de Edgar Wallace, pela Seção Editora da Livraria do Globo. No
mesmo ano traduz desse escritor O círculo vermelho e A porta das sete
chaves. Colabora na página dominical dos jornais Diário de Notícias e
Correio do Povo.
Em 1932, é promovido a Diretor da Revista do Globo, ocasião em que é
convidado por Henrique Bertaso, gerente do departamento editorial da Livraria do
Globo, a atuar naquela seção, indicando livros para tradução e publicação. Sua
obra de estréia, Fantoches, uma coletânea de histórias em sua maior parte
na forma de peças de teatro. Foram vendidos 400 exemplares dos 1.500 publicados. A sobra,
um incêndio queimou.
Traduz, em 1933, Contraponto, de Aldous Huxley, que só seria editado em 1935.
Seu primeiro romance, Clarissa, é lançado com tiragem de 7.000 exemplares.
Seu romance Música ao longe o faz ser agraciado com o Prêmio Machado de
Assis, da Cia. Editora Nacional, em 1934. No ano seguinte, nasce sua filha Clarissa. Outro
romance, Caminhos cruzados, recebe o Prêmio Fundação Graça Aranha. O autor
admite a associação desse romance a Contraponto, de Aldo Huxley, o que faz
com que seja mal recebido pela direita e atice a curiosidade e a vigilância do
Departamento de Ordem Política e Social do Rio Grande do Sul, que chegou a chamá-lo a
depor, sob a acusação de comunismo. São publicados, ainda nesse ano, Música ao
longe e A vida de Joana dArc. Realiza sua primeira viagem ao Rio
de Janeiro (RJ), onde faz contato com Jorge Amado, Murilo Mendes, Augusto Frederico
Schmidt, Carlos Drummond de Andrade, José Lins do Rego e outros mais. Seu pai falece.
Em 1936, publica seu primeiro livro infantil, As aventuras do avião vermelho.
Lança, também, Um lugar ao sol. Cria o programa de auditório para
crianças, Clube dos três porquinhos, na Rádio Farroupilha, a pedido de
Arnaldo Balvé. Dessa idéia surge a Coleção Nanquinote, com os livros
Os três porquinhos pobres, Rosa Maria no castelo encantado e
Meu ABC. Lança a revista A novela, que oferecia textos canônicos
ao lado de outros, de puro entretenimento. Nasce seu filho Luis Fernando. É eleito
presidente da Associação Rio-Grandense de Imprensa.
O DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo, exige que o autor submeta
previamente àquele órgão as histórias apresentadas no programa de rádio por ele
criado, em 1937. Resistindo à censura prévia, encerra o programa. Outra reação ao
nacionalismo ufanista da ditadura Vargas se faz sentir na versão para didática da
história do Brasil em As aventuras de Tibicuera.
Um de seus maiores sucessos, Olhai os lírios do campo, é lançado em 1938.
Publica, nesse mesmo ano, O urso com música na barriga, da Coleção
Nanquinote.
Erico passa a dedicar a maior parte de seu tempo ao departamento editorial da Globo, em
1939. Em companhia de seus companheiros Henrique Bertaso e Maurício Rosenblatt, é
responsável pelo sucesso estrondoso de coleções como a Nobel e da
Biblioteca dos Séculos, nas quais eram encontrados traduções de textos de
Virginia Wolf, Thomas Mann, Balzac e Proust. Mesmo assim, com todo esse trabalho, arranja
tempo para lançar, ainda da série infantil, A vida do elefante Basílio e
Outra vez os três porquinhos, e o livro de ficção científica Viagem
à aurora do mundo.
Em 1940, lança Saga. Pronuncia conferências em São Paulo (SP). Traduz
Ratos e homens, de John Steinbeck; Adeus Mr. Chips e Não
estamos sós, de James Hilton; Felicidade e O meu primeiro
baile, de Katherine Mansfield. Faz sua primeira noite de autógrafos na Livraria
Saraiva.
Passa três meses nos Estados Unidos, a convite do Departamento de Estado americano, em
1941, proferindo conferências. As impressões dessa temporada estão em seu livro
Gato preto em campo de neve. Ele e seu irmão Enio são testemunhas de um
suicídio: uma mulher se atira do alto de um edifício quando conversavam na praça da
Alfândega, em Porto Alegre. Esse acontecimento é aproveitado em seu livro O resto
é silêncio.
A censura no estado novo continuava atenta. A Globo cria a Editora Meridiano, uma
subsidiária secreta para lançar obras que pudessem desagradar ao governo. Essa editora
publica As mãos de meu filho, reunião de contos e outros textos, em 1942.
No ano seguinte, publica O resto é silêncio, livro que merece críticas
pesadas do clero local. Temendo que a ditadura Vargas viesse a causar-lhe danos e á sua
família, aceita o convite para lecionar Literatura Brasileira na Universidade da
Califórnia feito pelo Departamento de Estado americano. Muda-se para Berkley com toda a
família.
O Mills College, de Oakland, Califórnia, onde dava aulas de Literatura e História do
Brasil, confere-lhe o título de doutor Honoris Causa, em 1944. É publicado o compêndio
Brazilian Literature: An Outline, baseado em palestras e cursos ministrados
durante sua estada na Califórnia. Esse livro foi publicado no Brasil, em 1955, com o
título Breve história da literatura brasileira.
Passa o ano de 1945 fazendo conferências em diversos estados americanos. Retorna ao
Brasil.
Em 1946, publica A volta do gato preto, sobre sua vida nos Estados Unidos.
Inicia, em 1947, a escrever O tempo e o vento. Previsto para ter um só
volume, com aproximadamente 800 páginas, e ser escrito em três anos, acabou
ultrapassando as 2.200 páginas, sob a forma de trilogia, consumindo quinze anos de
trabalho. Traduz Mas não se mata cavalo, de Horace McCoy. Faz a
primeira adaptação para o cinema de uma obra de sua autoria: Mirad los lírios Del
campo, produção argentina dirigida por Ernesto Arancibia que tinha em seu
elenco Mauricio Jouvet e Jose Olarra.
No ano seguinte, dedica-se a ordenar as anotações que vinha guardando há tempos e dar
forma ao romance O continente. Traduz Maquiavel e a dama, de
Somerset Maugham.
O continente, primeiro volume de O tempo e o vento, é finalmente
publicado, em 1949, recebendo muitos elogios da crítica. Recebe o escritor
franco-argelino Albert Camus, autor de A peste, em sua passagem por Porto
Alegre.
No ano de 1951, é lançado o segundo livro da trilogia O tempo e o vento:
O retrato. O trabalho não tão bem recebido pela crítica como o primeiro
livro.
Assume, em 1953, a convite do governo brasileiro, em Washington, E.U.A., a direção do
Departamento de Assuntos Culturais da União Pan-Americana, na Secretaria da Organização
dos Estados Americanos, substituindo a Alceu Amoroso Lima.
No ano seguinte, é agraciado com o prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia
Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Lança Noite, novela que é
traduzida na Noruega, França, Estados Unidos e Inglaterra. Visita, face às funções
assumidas junto à OEA, diversos países da América Latina, proferindo palestras e
conferências.
De volta ao Brasil, em 1956, lança Gente e bichos, coleção de livros para
crianças. Sua filha casa-se com David Jaffe e vai morar nos Estados Unidos. Dessa união
nasceriam seus netos Michael, Paul e Eddie.
Em 1957, publica México, onde conta as impressões da viagem que fizera
àquele país.
O arquipélago, terceiro livro da trilogia O tempo e o vento,
começa a ser escrito em 1958. Tem um mal-estar ao discursar na abertura de um congresso
em Porto Alegre. Consegue se refazer e disfarçar o ocorrido.
Acompanhado de sua mulher e do filho Luis Fernando, faz sua primeira viagem à Europa, em
1959. Expõe sua defesa à democracia em palestras proferidas em Portugal e entra em
choque com a ditadura salazarista. Lança O ataque, que reunia três contos:
Sonata, Esquilos de outono e A ponte, além de um
capítulo inédito de O arquipélago. Passa uma temporada na casa de sua
filha, em Washington.
Dedica-se, em 1960, a escrever O arquipélago.
Em 1961, sofre o primeiro infarto do miocárdio. Após dois meses de repouso absoluto,
volta aos Estados Unidos com sua mulher. Saem os primeiros tomos de O
arquipélago.
O terceiro tomo de O Arquipélago é publicado em 1962, concluindo o projeto
de O tempo e o vento. O volume é considerado uma obra-prima. Visita a
França, Itália e a Grécia.
A mãe do biografado falece em 1963.
Em 1964, seu filho Luis Fernando casa-se com Lúcia Helena Massa, no Rio de Janeiro,
cidade para a qual ele se mudara em 1962. Dessa união nasceriam Fernanda, Mariana e
Pedro. Insurge-se contra o golpe militar e dirige manifesto a seus leitores em defesa das
instituições democráticas. Recebe o título de Cidadão de Porto Alegre,
conferido pela Câmara de Vereadores daquela cidade.
Ganha o Prêmio Jabuti Categoria Romance, da Câmara Brasileira de
Livros, em 1965, com o livro O senhor embaixador. Volta aos Estados Unidos.
A convite do governo de Israel, visita aquele país em 1966. Vai aos Estados Unidos, mais
uma vez, visitar seus familiares. Escreve O prisioneiro, que seria lançado em
1967. A Editora José Aguilar, do Rio de Janeiro, publica, em cinco volumes, o conjunto de
sua ficção completa. Desse conjunto faz parte uma pequena autobiografia do autor, sob o
título O escritor diante do espelho.
O tempo e o vento, sob a direção de Dionísio Azevedo, com adaptação de
Teixeira Filho, estréia na TV Excelsior, em 1967. No elenco, Carlos Zara, Geórgia Gomide
e Walter Avancini.
É agraciado com o prêmio Intelectual do ano (Troféu Juca Pato), em
1968, em concurso promovido pela Folha de São Paulo e pela União
Brasileira de Escritores.
No ano seguinte, a casa onde Erico nascera, em Cruz Alta, é transformada em Museu Casa de
Erico Verissimo. Lança Israel em abril.
Em 1971, é editado o livro Incidente em Antares.
Em 1972, comemorando os 40 anos de lançamento de seu primeiro livro, relança
Fantoches, onde o autor acrescentou notas e desenhos de sua autoria.
Amplia sua autobiografia, publicada em 1966, fazendo surgir suas memórias sob o
título de Solo de clarineta cujo primeiro volume é publicado em 1973.
O escritor falece subitamente no dia 28 de novembro de 1975, deixando inacabada a segunda
parte do segundo volume de suas memórias, além de esboços de um romance que se chamaria
A hora do sétimo anjo.
Carlos Drummond de Andrade faz homenagem ao amigo fazendo publicar o seguinte poema:
A falta de Erico Verissimo
Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.
Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta.
Postumamente, é lançado, em 1976,
Solo de clarineta Memória 2, organizada por Flávio Loureiro Chaves.
Olhai os lírios do campo, com adaptação de Geraldo Vietri e Wilson Aguiar
Filho, é a novela apresentada pela TV Globo, em 1980, sob a direção de Herval Rossano.
No elenco, Cláudio Marzo e Nívea Maria.
A esposa do autor, Mafalda, e a professora Maria da Glória Bordini, da PUC-RS, iniciam a
organização dos documentos por ele deixados, em 1982.
É instalado, no programa de Pós-Graduação em Letras da PUC-RS como projeto de
pesquisa do CNpQ, o Acervo Literário de Erico Verissimo, em 1984. A coordenação fica a
cargo da professora Maria da Glória Bordini.
No ano seguinte, a Rede Globo leva ao ar a série O tempo e o vento,
adaptação de Doc Comparato e Regina Braga, direção de Paulo José, com Glória Pires,
Armando Bogus, Tarcísio Meira e Lima Duarte, entre outros.
Em 1986, o Museu de Cruz Alta torna-se Fundação Erico Verissimo.
O índice de toda a obra de Erico é informatizado através do Projeto Integrado CNpQ
Fontes da Literatura Brasileira, que o disponibiliza para consulta, em 1991.
Em 1994, seu filho Luis Fernando assume a presidência da Associação Cultural Acervo
Literário de Erico Verissimo, entidade encarregada de cuidar de toda a documentação
literária do escritor. Incidente em Antares, adaptado por Charles Peixoto e
Nelson Nadotti, com direção de Paulo José e constando de seu elenco Fernanda
Montenegro,e Paulo Betti, é apresentada pela Rede Globo.
A UFRS homenageia o autor, pela passagem dos 90 anos de seu nascimento, com uma mostra
documental no salão de sua Reitoria. A PUC-RS realiza seminário internacional,
coordenado por seu Programa de Pós-Graduação em Letras, em 1995.
Organizada por Maria da Glória Bordini, publica-se, em 1997, A liberdade de
escrever, coletânea de entrevistas do autor sobre política e literatura.
Em 2002, a Globo inicia a edição definitiva da obra completa do autor. É inaugurado o
Centro Cultural Erico Verissimo, destinado à preservação do Acervo Literário e da
memória literária do Rio Grande do Sul.
Morre Mafalda Verissimo, viúva do escritor, em 2003.
BIBLIOGRAFIA:
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